terça-feira, 25 de setembro de 2018

Simplesmente... Família!

Olá pessoal,

Aqui aproveitarei para comentar lembranças que tenho da minha infância e adolescência. Vale ressaltar que nem todas as histórias que forem descritas aqui eu fui o protagonista. Por vezes são lembranças de colegas de escola, da vizinhança, etc. 
Iniciando segue um texto que encontrei em cadernos antigos... 

Família...

Ao nascer, sorriso e choro
Mesclados, unindo mãe e filha
No eterno laço do Amor.

O sorriso nos lábios de todos
Demonstram o afeto familiar.

A pequena, ainda assustada,
Encanta-se com as novidades
Que o mundo lhe oferece.

As sensações de sede e fome, 
Os movimentos, os sons,
Ver e reconhecer sua família,

Pais, avós, tios e primos.

Acalma-se ao ouvir a voz da mãe, 
Seu cheiro, seu olhar, seu calor.

Laços de um amor incondicional,
Criados antes mesmo 
De seu nascimento
E que nem mesmo o tempo
É capaz de abalar.

Ao passar das semanas,
Torna-se mais corriqueiras
As percepções ao redor,
Tudo é novidade, tudo é interessante.

Passam meses, chegam anos,
E no primeiro deles, o Amor
Torna-se mais forte, mais intenso.

A família, em uníssono, canta
A primeira, dentre uma série de
Canções de seu Natal particular.

A cada sorriso, a cada olhar,
A certeza de uma família unida
E que não há nada que possa
Esta história abalar...

Porém, a vida, tão efêmera,
Mostra sua fragilidade,
A primeira perda sendo sentida
Trás o valor de estar juntos
A cada choro, a cada dor,
Também trás a união.

Anos passam e chega-se à escola.
Pessoas diferentes, muito diferentes.

É hora de interagir com estranhos, 
E desta vez, sozinha...

Nessa hora percebe-se
Que os ensinamentos recebidos,
Já estão intrinsecamente
associados a quem somos,
Nesta hora silenciosamente,
Agradecemos nossa família.

Depois disso, cada passo avançado,
Fortalece a individualidade.

A partir de então, sem perceber,
Não há mais... Nós;
Somente EU.

Muitas serão as quedas,
Algumas delas muito doloridas,
Mas todas igualmente importantes...

Sem ser percebido
Algo importante acontece,
Os valores ensinados por familiares, 
Unem-se à individualidade social,
E formam o caráter.

O tempo... Ah, o tempo...
Impiedosamente caminha, 
Sem nunca nada esperar.

Tudo que é jovem muda,
Todo alimento estraga,
Toda ferida se fecha...
Será mesmo?

Apesar de todo o poder
Que o tempo exerce,
Uma coisa é certa:
Não muda o amor de mãe!

A gratidão dos filhos,
Nem sempre é clara
Aos olhos dos pais.

Como também aos filhos,
Não é claro o direcionamento
Que os pais remetem 
Aos seus descendentes.

Mas para ambos um olhar,
Um beijo, um abraço,
Uma conversa franca,
É suficiente para mostrar
A força do Amor familiar.

Já adulta sem se dar conta
Os valores que aprendeu,
São aos filhos transmitidos.

Esta é a maior prova,
Que os pais podem receber
De que valeu a pena!

Tudo o que ensinaram, 
Além de ser aprendido, 
Aos netos está sendo 
De igual forma ensinado.

Já idosa, seus bens mais preciosos,
É a família que construiu,
A família que possuiu,
E a memória que lhe ficou.

Nem tudo foram flores,
Mas as marcas dos espinhos 
O tempo e o incessante Amor
conseguiram apagar.

Após tanto tempo, tantas dores,
Tantos espinhos, tantos amores,
Só o que nos resta... 
É a família!


Nenhum comentário:

Postar um comentário